Pronto. Coloquei pra fora. Aqui vai uma para os solteiros, divorciados,
e para todo aquele que propaga a descrença no amor. Ps: de uma pessoa que não
quer se separar, agora...
De imediato reclamo dessa retórica confusa que
aparece nas redes sociais quando pessoas em evidência terminam o casamento.
Comecei a reparar com o término do casamento do Kaká e da Carol Celico, quando
uma amiga, convenhamos, toda problemática em seus relacionamentos, disparou em sua
página do Facebook que não poderia acreditar mais no amor. Depois disso aconteceram inúmeras separações. E não foram apenas famosos. A bruxa está a solta faz tempo.
Só em 2014, o
IBGE contabilizou 342 mil separações, um acréscimo de quase 160% em relação aos anos anteriores. Aliás, nos últimos dez anos houve um estouro nas dissoluções de
casamento, devido ao novo código do processo civil, que regulamentou o divórcio
e o facilitou, de certa forma. Ps: Ótima notícia para o tinder, né? Amor que dá trabalho, pra quê?
Vamos curtir livremente! No Tinder a gente tem sexo, e menos problemas! Ouvi
notícias que isso não é tão colorido como se é pintado. Mas casamento dá problema mesmo, e se quiser entrar para o clube, já vou adiantando que vai ser muito bom e difícil ao mesmo tempo.
Este ano mais separações, como
o casal de jornalistas modelo do Brasil: Fátima e Bonner. Poucos meses depois,
a Angelina e o “muso” Brad Pitt (crush das garotas de minha época). A
propósito, ele está solteiro, galera! Não, pára que está feio!
Mas o que é triste mesmo é escutar essa conversa
fiada de que não se pode acreditar mais no amor, e que, a partir disso, eu não
tenho esperança de encontrar minha metade, a tampa da minha frigideira (sim.
Elas existem). Agora, se o povo que espalha isso percebesse nas notícias
e nas declarações tristes de alguns dos envolvidos no divórcio ninguém
espalharia filosofia estranha, como: “o amor não existe mais porque meus
modelos de amor fracassaram”. E o crédito para o maior amor do mundo, desce com
a descarga.
Mas afinal, é por desacreditar no amor de Deus,
que muitos casais não conseguem sair das crises, não conseguem enxergar no
casamento uma forma de Deus melhorar nosso caráter. Mesmo esquecendo-se do
maior exemplo de amor que o mundo já teve, queremos nós, ter uma foto ao lado
de nosso cônjuge com os cabelos brancos e por trás, a grande descendência.
Não posso afirmar se é este o caso dos casais
citados. Mas do jeito que o mundo vai, é o caso de muita gente.
Foto reprodução: Ellen Moreira |
Para “meio” de papo, você acha que essas
separações trouxeram felicidade? Separação é um tormento. Não há nada de legal,
gente! Você já ouviu: “uhuu me separei?” Ok. É possível. Mas vamos combinar, é
triste sim. É um momento de luto. Morreu o amor daquele casal que já foi jovem
e apaixonado. E é possível que as pessoas se separem para ser feliz, mas a
maioria se separa porque não deu mais para aguentar as dificuldades da vida a
dois.
Depois que você casa, as cortinas se fecham e aí
é que começa o casamento. Ninguém vê, e só quem está ali, envolvido, sabe como
o trem pega! Ou é mentira? E é sempre assim. Uma hora estamos felizes. Outra
ora cuspindo fogo porque o danado não quis guardar o tênis e os deixou jogados
ao lado da porta de entrada. Isso acontece aqui em casa desde que me casei. E
nesse momento eu estou, digamos, irada, para não pecar em público, rs.
Mas o casamento é isso. O vestido rendado fica
restrito ao álbum e o dia a dia pode virar um verdadeiro ringue. Mas nem sempre
é ringue, e nem deve ser assim. Temos altos e baixos e vamos rebolando no
bambolê da vida para deixar tudo equilibrado e o brinquedo não cair.
Hoje mesmo rolou estresse aqui em casa e eu saí
braba para o salão! E eu nem te conto. O danado do marido me promete carona pra
depilação, porque ele teria que sair e aproveitaria para me dar carona, assim
eu poderia dormir uns minutinhos a mais. Acontece que ele mudou de ideia e não
ia sair mais. Detalhe, mudou de ideia sem me avisar. E a bonequinha aqui perdeu
a hora e o moço disse: vai a pé. Ah mas eu fiquei uma onça. Abri a janela, fiz
barulho, falei alto, liguei o som, bati as portas do armário e me recusei a
ajudá-lo em uma coisa muito importante pra ele quitar a dívida comigo, ainda
estou pensando se o ajudo a formatar o tcc. Quando voltei do - espaço Bruna
Farinelli- rs estava mais calma. Já sabe, né? Salão, bate papo, troca de
experiências. Ps: Salão, mulheres! Ajuda loucamente. Cheguei em casa, o divo na
cama e ainda teve a audácia de falar: “nossa amor chegou rápido”. Mas eu estava
melhor, bem melhor. E o marido? Veio dar beijinho e fazer carinho - a forma que
ele tem de me pedir desculpas - e vida que segue. Não, espera. Sou mulher,
falei uma “página de Word”. Uma tese com uma lauda, com introdução,
problemática, metodologia, desenvolvimento e conclusão. Falei, desabafei, e não
sei explicar como, mas tudo voltou ao normal. O moço foi trabalhar, e na hora
do almoço estamos de boa, feliz, pizza na hora do almoço, êh!
Mas você só tem um ano de casada! Na verdade 1
ano, um mês e 18 dias. Mas Vai por mim, se existirem brigas mais feias do que
as primeiras brigas de adaptação, eu confesso estar no "sal", mas
acho que tenho uma boa base de treinamento. Gente, não estou dizendo que
é fácil, mas estou dizendo que eu quero ficar junto mesmo pensando diferente
dele, e mesmo que a gente brigue, e no fundo, torcendo para que não haja novo
desentendimento.
Tirando uma parcela que realmente se casa
pensando que se não der certo é só se separar, ninguém quer se separar. O que
as pessoas querem é um cônjuge capaz de seguir as nossas diretrizes, o nosso
jeito de fazer as coisas, o nosso jeito de arrumar a casa e de cozinhar.
A gente quer muita coisa do outro, e
simplesmente não dá! Imagina que coisa chata não conseguir moldar o homem?
Claro que tem questões básicas que ambos podem melhorar para o bom
funcionamento da casa, respeitar o trabalho doméstico um do outro, por
exemplo. Mas o fato é que a gente tem planos para o casamento ideal,
porque nos foi ensinado olhar fotos de casais felizes em suas rotinas. E mesmo
que alguém mostre fotos de dias ruins, é óbvio que nós vamos nos apegar ao
lado bonito da coisa.
Você que conseguiu chegar até aqui,
provavelmente entendeu o que estou tentando dizer desde o início: o casamento
não é só alegria! Sexo dura 60 minutos, com muita sorte e tempo.
A rotina do casamento é gostosa, mas dá
trabalho, dá estresse, rola intriga e farpas, como também aprendizado e união.
O abraço, depois de uma conversa com pedido de perdão, é indescritível.
O casamento é a melhor
escola da vida, pois ensina que para ser feliz, precisamos fazer alguém feliz e
aí entra diminuir o ego, diminuir as cobranças, ficar mais calado, não querer
sempre estar certo. E vai passando o tempo e vamos melhorando, sempre aplicando
os métodos que Jesus usou para o bom convívio em "comunidade". Como perdoar, amar o próximo como a ti mesmo, ser humilde e por aí vai.
Estude o sermão da
montanha, mas com uma aplicabilidade voltada para seu relacionamento. Leia
livros que falem do divórcio e como ele prejudica a estabilidade do lar, ainda
mais quando se tem filhos.
Essa é a minha maneira de
pensar sobre este assunto. E como eu disse no início: “Coloquei pra fora. Aqui
vai uma para os solteiros, divorciados, e para todo aquele que propaga a
descrença no amor”.
“Ps: de uma pessoa que não
quer se separar, agora”, e nem nunca. E que muito embora eu não saiba o que
pode acontecer com meu matrimônio no futuro, que eu siga colocando meu coração e
o do meu esposo no altar de Deus, e que se vier os dias frios e o nosso amor venha
a esfriar, que o Eterno seja a nossa lareira. Eu prometi na tristeza também.