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Sonhos roubados


Adriana Barbosa era uma jovem muito bonita. Ela era baixinha, com cabelos castanhos e encaracolados. Sua pele não tinha manchas. Ela parecia uma boneca feita de porcelana.
Certa noite ela, seu namorado e mais um casal de amigos resolveram dar uma volta. Os jovens conversavam e brincavam. Eram amigos aproveitando uma gostosa brisa noturna em um dia comum.
Ao voltar para casa, os casais avistaram um grupo de homens bêbados se aproximando. Esses homens abordaram os namorados e uma grande confusão começou.
 A ação foi rápida e Adriana já não estava de mãos dadas com seu namorado. Agora, ela era guiada para um local escuro e frio, onde em poucos minutos teria sua virgindade cruelmente roubada. Desse dia em diante a vida de nenhum destes jovens foi igual.
Uma parcela desses bêbados impedia que os namorados corressem para ajudar as jovens ou para buscar socorro.


Virgindade roubada, alma sangrando em dor
Imagem ilustrativa - Reprodução/Instagram
Adriana Barbosa tinha apenas 16 anos quando foi estuprada por oito homens. Todos eles desconhecidos. A liberdade e o sonho foram roubados. E os culpados? Eles nunca pagaram por isso.
O dia estava para amanhecer e às cinco horas da manhã, a adolescente foi deixada às traças. Adriana juntou suas forças, se levantou e caminhou de volta até a casa que ela e seus pais estavam.
Foi um trauma difícil de aceitar e a adolescente teve que carregar este fardo durante 30 anos. O medo de ter que falar sobre o assunto parecia tomar conta. Depois de longos anos contou para sua família e há um ano e meio faz terapia para vencer o passado. Seu namorado e hoje marido, tornou-se um apoio importante para ela nos anos subseqüentes. “Deus, meu marido e meus filhos foram meus incentivadores”, conta Adriana.
A psicóloga Raquel Amaral Rangel, que atua na área de crianças e adolescentes, explica que o maior sonho das mulheres consiste em se casar e construir uma família equilibrada, bonita e amorosa. Junto desse sonho vem o desejo de se entregar para alguém especial, seu esposo.  “Quando uma mulher é estuprada, muito além de tirar dela a virgindade, se tira o sonho de uma noite de núpcias depois de um casamento de princesa”, afirma à psicóloga.
 Todas as expectativas e desejos são roubados da mulher estuprada. E isso gera traumas que podem perdurar para o resto da vida, se não forem tratadas e acompanhadas por profissionais capacitados. A psicóloga ainda esclarece que muitas meninas que foram estupradas na juventude, não conseguem manter um relacionamento sadio por medo de serem violentadas novamente na fase adulta.

A história se repete
Apesar do sofrimento e da triste lembrança, Adriana Barbosa conseguiu seguir em frente. Casou-se e em seguida teve um casal de filhos.
 Mas a história infelizmente se repetiu. Apesar de superproteger sua caçula, ela foi abusada sexualmente quando criança. Em uma mistura de maus sentimentos Daiane, filha de Adriana mal consegue contar os detalhes. “Ele pedia para eu sentar em seu colo. Para que eu o deixasse passar a mão sob minha vagina, ora por cima da roupa e ora por dentro. Eu sinto nojo de dizer isso”, desabafa a filha de Adriana, que na época era menor de idade.
A psicóloga Raquel Amaral Rangel, que atua na área de crianças e adolescentes, afirma que o estupro é uma das maiores crueldades que a mulher pode sofrer, pois a maioria dos casos ocorre ainda na infância ou adolescência.
Foi o que também aconteceu com a Eduarda. Quando ela era pequena seu sorriso mostrava-se puro e contagiante, sua alegria era um reflexo das coisas boas que a infância oferece, mas tudo isso mudou rapidamente. Com apenas cinco aninhos, Eduarda Cunha foi abusada sexualmente pelo namorado de sua prima. Com a ajuda de sua família conseguiu vencer o trauma e tocar a vida.
O abuso vem de quem menos se espera. Eduarda conta que ele [seu abusador] era super legal com todos da família. “Não me lembro da primeira vez que abusou de mim, só lembro que me dava presentes e que me levava para passear e brincar”, conta Eduarda. Os pais das crianças confiavam muito no rapaz. Ninguém poderia imaginar que alguém tão gentil poderia ser capaz de abusar de uma criança visivelmente indefesa.
O caráter do autor dos abusos foi descoberto quando uma loja de fotografias entrou em contato com a família de Eduarda. “Ele tirava fotos das meninas que abusava, e depois mandava revelar”, revela Eduarda.
A psicóloga Raquel destaca que são muitos os prejuízos que uma criança vítima de abuso sexual enfrenta, principalmente se esse abuso vem de alguém bem próximo que teria a função de protegê-la. “Os principais prejuízos são o medo, insegurança, dificuldade de confiar nas pessoas, desequilíbrio emocional, físico e social”, pondera Raquel.
Para Eduarda não foi fácil contar aos seus pais. A menina guardou segredo durante quase 10 anos. Além das lembranças desagradáveis, ela passou a fazer xixi na cama por medo de ir ao banheiro durante a noite. Tinha medo de quem se aproximava, e tinha o assombroso sentimento de culpa. E foi devido a um sentimento de nojo de si, que Eduarda praticou automutilação por cinco anos.
Depois de fazer acompanhamento psicólogo com duração de dois anos e seis meses, ela teve sua vida restaurada. Hoje, Eduarda canta vitórias.  “Se eu não tivesse tido o apoio que tive da minha família a ponto de me levarem ao psicólogo, eu não teria conseguido manter um relacionamento saudável com ninguém, e já faz cinco meses que estou namorando”, comemora Eduarda.

O sentimento de culpa
Uma pesquisa realizada em 56 países publicada em 2014 na revista The Lancet revelou que pelo menos uma a cada 14 mulheres já havia sido abusada sexualmente. E os pesquisadores acreditam que esse número pode aumentar se todas as vítimas denunciassem, o que não ocorre muitas vezes por medo, falta de apoio familiar, e muitas vezes pelo sentimento de culpa.
A igreja Adventista do Sétimo dia tem uma campanha chamada Quebrando o Silêncio, que exerce um importante papel na prevenção do abuso sexual contra crianças, adolescentes e mulheres.

Restaurando vidas
 De acordo com a psicóloga Raquel Amaral, as mulheres necessitam de atendimento psicológico, médico e espiritual, “elas precisam restabelecer o equilíbrio psíquico em suas vidas”, explica ela.

É possível encontrar esperança em Deus
Para a psicologia “o estupro é uma marca que dificilmente desaparecerá”, explica Rangel. A psicóloga esclarece que ainda que a dor venha a ser curada, a cicatriz ficará ali, nas lembranças. “Mas com acompanhamento é possível sim haver uma restauração emocional”, conclui Rangel.
O apresentador e pastor do programa Lar & Família da Tv Novo Tempo, Marcos Bomfim, ressalta que uma mulher que foi estuprada não perdeu a virgindade, ela foi roubada, e, portanto não é considerada impura.
Para Bomfim o Senhor é o grande Restaurador. “Se você leva cicatrizes deste mundo de pecado pela vida afora, Ele (Deus) sara as feridas. Em Jesus somos regenerados para uma nova vida”, encerra Bomfim.


Se você sofreu abuso, denuncie. O mesmo que roubou seus sonhos, pode fazer outras vítimas.
Disque 100 para denunciar.
Disque 190 para pedir socorro e faça o boletim de ocorrência.

Discar para Deus é simples. Feche seus olhos e eleve uma prece. Não substitua um pelo outro. Busque a justiça divina e a justiça humana.

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